O CORRETO, A PERCEPÇÃO INDIVIDUAL DA VERDADE E O FANATISMO

Leonardo Maia

“Como um fanático se comporta? Ele quer converter as pessoas o mais rápido possível, enquanto eles, como regra, não querem ser convertidos. O fanático espera que todo mundo acredite imediatamente no que o ele quer que eles acreditem e então fica com raiva quando isso não acontece.”

Rudolf Steiner – GA 130

Acolher a percepção e opinião do outro, não é seguir e ter a mesma concepção das coisas, mas respeitar e honrar o caminho de desenvolvimento da consciência individual. É o caminho para a escuta e conversa saudáveis, contexto essencial da discussão que possui o germe da metamorfose e elevação do pensamento humano.

Dentro de muitos fanatismos atuais, estamos diante do fanatismo político e ideológico, dividido hoje nas redes sociais entre direita e esquerda. A raiva exposta por ambos os lados perante os posicionamentos alheios que não seguem sua ideologia, mostram o caminho de desenvolvimento de suas consciências.

As pessoas não buscam a verdade, o correto ou a harmonia, apenas a afirmação de sua ideologia. A preocupação é expor as facetas mais belas daquilo em que se acredito, ocultando tudo que possa se demonstrar incoerente, insensato, negligente, errado ou inconsistente. Com a ideologia oposta, faço o oposto, mostrando pejorando suas colocações e ações, demonstrando incoerências e inconsistências – ignorando qualquer aspecto positivo. Por trás disso, ainda surge um ódio e uma raiva em relação a outra vertente além da falsidade/desonestidade intelectual – extremamente comuns hoje em dia.

Rudolf Steiner disse:

“Como um fanático se comporta? Ele quer converter as pessoas o mais rápido possível, enquanto eles, como regra, não querem ser convertidos. O fanático espera que todo mundo acredite imediatamente no que o ele quer que eles acreditem e então fica com raiva quando isso não acontece.” – Rudolf Steiner, GA 130

Existe o fanático que não possui percepção e opiniões próprias, apenas segue o que lhe colocado dentro de sua própria crença, seja ela política, religiosa, ideológica. E existe o fanático que segue a sua própria concepção particular em cima do objeto, seja político, religioso ou ideológico.

A diferença essencial seria a questão da individualidade, enquanto no primeiro, ela está super dissolvida na consciência coletiva (como uma ovelha no rebanho), no outro ela está num processo intenso de autopercepção, mas presa a força do ego e necessidade de autoafirmação tão intensa que não se abre a uma percepção coletiva da realidade, apenas a sua própria (como um prisioneiro de suas próprias concepções).

Leonardo Maia

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TITULAR: LEONARDO ANDRÉ FONSECA MAIA

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